Movimento nacional alcança os técnicos administrativos de mais de 60 universidades pelo país, além de técnicos e professores dos Institutos Federais
Após intensas mobilizações nas últimas semanas, o Governo Federal apresentou no último dia 19 de abril uma proposta de reajuste salarial e reestruturação da carreira para os servidores técnicos administrativos da rede federal de ensino.
Em assembleia geral realizada na tarde de sexta-feira (19) na reitoria da UFGD, a categoria, que atualmente recebe o menor salário do serviço público federal, recusou a proposta apresentada e mantém a paralisação dos trabalhos na universidade.
A greve dos servidores teve início em 18 de março na UFGD e faz parte de um movimento nacional que alcança os técnicos administrativos de mais de 60 universidades pelo país, além de técnicos e professores dos Institutos Federais. Os grevistas não reivindicam apenas reajustes salariais, mas também a atualização do seu plano de carreira e mais investimentos para a educação.
A categoria avaliou que a proposta do governo, que prevê um reajuste de 9% em 2025 e 3,5% em 2026, não atende às demandas essenciais dos trabalhadores, sendo considerada insuficiente para corrigir mais de 30% de defasagem salarial acumulada nos últimos anos. Além disso, o governo só pretende colocar em prática a reestruturação da carreira em 2026 e deixou de fora da proposta outros itens importantes para a categoria.
O movimento grevista considera que está tendo êxito, pois, antes da greve começar, a proposta do governo se resumia a reajuste zero. Neste sentido, a decisão de seguir em greve é um recado de que os trabalhadores vão intensificar os protestos e a pressão para que o governo melhore a proposta.