Há um ano, chegava ao fim o processo de intervenção na Reitoria da UFGD, iniciado em junho de 2019 com o desrespeito à Consulta Prévia e a indicação de uma reitora pró-tempore não eleita. Nossa universidade foi a primeira do país, mas não a única, a sofrer investidas autoritárias do governo Bolsonaro, que tentou promover o aparelhamento ideológico das instituições federais de acordo com seus interesses e o projeto de enfraquecimento da educação pública.
Os mais de três anos sob gestões golpistas reforçaram para toda a comunidade acadêmica os valores e a importância da democracia. Foram diversas medidas autoritárias durante o período, como o cerceamento da participação nos espaços colegiados e conselhos, a indisposição ao diálogo com as categorias, o assédio e a perseguição política e judicial a estudantes, docentes e técnicos administrativos. Foi um período de retrocessos, mas também de muita luta, pois desde a Consulta Prévia estivemos mobilizados pela defesa da democracia e autonomia acadêmica.
Recordar o passado é importante para que não deixemos de ser vigilantes no presente e para lutarmos por uma universidade mais democrática no futuro. É por isso que o SINTEF se junta à Campanha Nacional pelo fim da Lista Tríplice na escolha dos dirigentes das IFES, para que a decisão da comunidade acadêmica prevaleça de forma autônoma, independente dos governos e interesses momentâneos. É necessário reformar a legislação herdada dos tempos de chumbo da ditadura militar, e convocamos a todos e todas para apoiar essa reivindicação.
Intervenção nunca mais!
Democracia sempre!