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Hoje, 23 de junho, mês em que descomemoramos três anos de intervenção na Universidade Federal da Grande Dourados, a comunidade acadêmica celebra uma vitória dos sindicatos, dos movimentos sociais e do campo democrático da instituição com a nomeação do professor Jones Dari Goettert como reitor para os próximos quatros anos. Depois de mais de 1.100 dias de lutas contra os ataques à autonomia universitária, a esperança na democracia volta a reacender.

O professor Jones compõe a lista tríplice que vinha sendo ignorada desde 2019 por Bolsonaro que, por sua vez, nomeou para a UFGD dois interventores nos últimos anos: Mirlene Damázio e Lino Sanabria. Assim como os demais integrantes da lista, professor Jones se comprometeu, no ato de sua elaboração, com o projeto político que foi vitorioso na Consulta Prévia. Esperamos que ele desempenhe suas funções de forma transparente, participativa e democrática. 

Repudiamos a quebra do pacto democrático pela Presidência da República, que nas últimas décadas teve como tradição a nomeação do candidato mais votado e, nesse sentido, reconhecemos e agradecemos a luta incansável dos professores Etienne Biasotto e Claudia Lima, ao passo que nos solidarizamos com as mais de 20 instituições federais de ensino, entre universidades, institutos e centros federais, que continuam sob intervenção no Brasil.

Nesse contexto, o SINTEF dá as boas-vindas ao professor Jones Dari Goettert, que nesta nova função faz reviver o sentimento institucional de democracia na instituição, valoriza a garra e a persistência de todas e de todos que lutaram contra a intervenção e renova as forças e as esperanças para que continuemos a luta por uma universidade pública, autônoma, democrática, gratuita e de qualidade. 

O SINTEF agradece às trabalhadoras e aos trabalhadores, que durante esse tempo, mesmo diante de muitas adversidades, crise sanitária,  pandemia e descaso com a educação, permaneceram em luta por uma universidade verdadeiramente de todas e de todos. Reforçamos que foi e ainda é fundamental a manutenção de um movimento unificado de luta e de resistência, para que possamos continuar atuando em defesa da educação pública de qualidade, gratuita e com recursos dignos, além de encamparmos a elaboração de projeto de lei que regulamente eleições diretas para a gestão das Instituições Federais de Ensino Superior, encerrando a era das listas tríplices e do desrespeito à vontade das comunidades acadêmicas.