O SINTEF compôs o ato convocado pela ADUF Dourados nesta ultima quarta-feira (09) em protesto pelos mais de 1000 dias de intervenção na reitoria da UFGD.
A intervenção teve inicio quando o Ministério da Educação, então comandado por Abraham Weintraub, não acatou a decisão democrática da comunidade acadêmica que elegeu o Profº Etienne Biasotto e a Profª Claudia Lima como Reitor e Vice-reitora e nomeou outros gestores em caráter pró-tempore.
No dia 11 de junho de 2019 assumiu o comando da universidade a Profª Mirlene Damázio como reitora e o Profº Luciano Geisenhoff como vice-reitor. Assim, foi inaugurado um triste capítulo na história da UFGD com cerceamento da participação acadêmica nos espaços colegiados, decisões administrativas controvérsias e uma série de descasos que só evidenciaram o quanto a gestão interventora esteve comprometida com o projeto de desmonte da educação promovido pelo governo de Jair Bolsonaro.
Em fevereiro de 2021 Mirlene Damázio e Luciano Geisenhoff foram removidos de suas funções por não suprir as expectativas de determinados grupos influentes junto ao Ministério da Educação. Foi nomeado como novo interventor o Profº Lino Sanabria e como vice o Profº Arquimedes Gasparotto Junior.
Com 1000 dias de continuidade do golpe, completados em 06 de março de 2022, os descasos prosseguem e a falta de responsabilidade política com um projeto de universidade pública, inclusiva e de qualidade se reflete na incapacidade de apresentar ações que auxiliem a comunidade a superar os grandes desafios do momento, como o retorno das atividades presenciais, as medidas de biossegurança, a evasão acadêmica, entre outras.
O SINTEF segue denunciando as omissões da gestão interventora e segue exigindo que a democracia e a autonomia universitária sejam respeitadas.
Confira algumas fotos da manifestação. Crédito: Franklin Schmalz.